Uma pista importante para começar a construir um conhecimento situado sobre os Campos de Experiência é partir da premissa de que esse é um arranjo curricular que consiste em colocar no centro do projeto educativo o fazer e o agir das crianças. Eles são um campo semântico para o professor e as crianças se movimentarem em suas jornadas de aprendizagem. Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.
O Ministério da Educação divulgou em 1998 uma Referencial Circular Nacional para a educação infantil, texto que apresenta metas e referenciais para garantir o desenvolvimento das crianças que chegam à pré-escola. Com base nessa referencial, cada creche ou escola fica a cargo de construir a sua própria proposta pedagógica. Partindo do princípio de Jean Piaget, psicólogo que afirma que a criança constrói seus próprios conhecimentos a partir as sua interação com o mundo, é preciso pensar nas atividades e em tudo que será proposto às crianças nas creches, de forma a desenvolver o aprendizado delas. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem plano de aula educação infantil bncc positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os eixos da Educação Infantil são as interações e as brincadeiras que devem ser estruturantes das práticas pedagógicas, referenciando assim as diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI) e os Parâmetros e Indicadores de Qualidade. Por isso, é fundamental que o currículo das instituições de ensino que atuam na Educação Infantil seja variado para que o aluno tenha contato com as diferentes formas de aprendizagem.
O primeiro contato das crianças com a linguagem oral e escrita é realizado ainda no início da Educação Infantil. A proposta deste eixo é preparar os pequenos para o desafiador processo de alfabetização, por isso, parte do trabalho é focado no desenvolvimento de competências linguísticas básicas e importantes, como fala, audição, leitura e escrita. Após acompanhar ideias de jogos para Educação Infantil, segundo a BNCC, o importante é que o educador tenha em mente como utilizar-se dessa linguagem para o aprendizado. Dessa forma, a ludicidade pode fazer parte permanente do ambiente escolar, facilitando a interação entre as crianças e mantendo a curiosidade dos pequenos sempre viva.
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As experiências educativas na educação infantil devem ter como eixos norteadores as interações e brincadeiras, o que possibilitará um desenvolvimento mais completo e o aprendizado de novas formas de se relacionar, de se comunicar e interagir com diferentes espaços, bem como com outras crianças e adultos. A Base orienta o que todos os alunos das unidades de educação infantil deverão aprender e, por isso, é importante que haja um estudo sobre o documento durante o processo de implantação. Dessa forma, a BNCC deve ser uma fonte inspiradora e formuladora da concepção de educação que vai ocupar o cotidiano das escolas. A BNCC determina objetivos de aprendizagem dos componentes curriculares que visam justamente a aprendizagem e o desenvolvimento global do aluno.
Os direitos de conhecer-se e de conviver relacionam-se aos princípios éticos, os direitos de expressar e de participar partem dos princípios políticos e os direitos de brincar e de explorar contemplam os princípios estéticos. São princípios que se complementam e expressam uma formação fundamentada na integralidade do ser humano, que precisa apropriar-se dos sentidos éticos, políticos e estéticos na construção da sua identidade pessoal e social. Esses princípios estão vinculados à Base Nacional Comum Curricular por meio da definição de seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, os quais pretendem assegurar. Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com quem interagem. Progressivamente, ampliam e enriquecem o seu vocabulário e demais recursos de comunicação e expressão, apropriando-se da língua materna. Ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, a criança manifesta curiosidade em relação à cultura escrita e vai construindo sua concepção sobre a linguagem escrita, reconhecendo diferentes usos da escrita, dos gêneros, suportes e portadores textuais.
Os eixos de interação e brincadeira e os Campos de Experiência criam novas estruturas para que essa concepção seja colocada em prática e, de fato, os direitos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças sejam alcançados. Isso permite, inclusive, que os professores tenham autonomia para planejar suas atividades, porém, tendo mais clareza das aprendizagens que precisam ser favorecidas, a cada fase. Segundo Adriana da Silva, os professores neste período de transição precisam ter a percepção de que vivência de infância a criança deve ter. Portanto, durante a transição, ela precisa continuar a ter vivências e experiências, porque é assim que em fases futuras da educação básica ela vai aprender os conceitos de conteúdos curriculares que foram vivenciados entre a educação infantil e o início do ensino fundamental. De acordo com Claudia Chebabi, gerente do Departamento de Educação da Fundação FEAC, o grande diferencial na educação infantil para as outras fases da educação básica é a necessidade das crianças experimentarem e vivenciarem práticas pedagógicas lúdicas e que ocorram por meio do brincar. Daí a importância de serem a peça central da aprendizagem, de terem um papel ativo, que são assegurados na BNCC nos direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
O Governo do Estado do Espírito Santo investe em importantes ações com o objetivo de potencializar a aprendizagem dos estudantes da Educação Infantil por meio do Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo (PAES). Definir o eixo temático significa limitar os conteúdos abrangidos pelo assunto principal, não dando espaço para a digressão, ou seja, para a divagação para outros temas secundários. Os eixos existentes são eixo sagital ou ânteroposterior, que une o centro do plano ventral (anterior) ao centro do plano dorsal (posterior); eixo longitudinal ou crânio caudal, que une o centro do plano cranial ao centro do plano podálico; e eixo transversal ou láterolateral une o centro do plano lateral direito ao ... Nas creches, elas devem ser ensinadas a se cuidarem, pois é lá que aprendem a se vestir, a se alimentar e a fazer a sua própria higiene. Sendo assim, o melhor uso desse recurso é quando ele passa a ser utilizado na Educação Infantil como uma das linguagens e não apenas como um recurso mecanizado retirado da estante em momentos específicos.
Conheça os direitos de aprendizagem propostos pela BNCC para a Educação Infantil
Isto porque as aprendizagens se tornam mais complexas à medida que a criança cresce, o que requer a organização das experiências e vivências em situações estruturadas de aprendizagem. A BNCC é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica, buscando garantir equidade e igualdade das aprendizagens essenciais aos estudantes de todo o país. Pela primeira vez, o Brasil terá um documento como este, que deverá constar nas diretrizes curriculares dos estados e municípios. A ideia é que a partir dos eixos da Educação Infantil, as crianças pequenas possam aproveitar o processo de aprendizagem no lugar de se concentrar apenas no desempenho.
BNCC caminha para garantir direitos de aprendizagem e desenvolvimento na primeira infância
A comunicação das escolas com as famílias também é primordial para que tenham um papel ativo no momento da transição. Relatórios, portfólios ou outros tipos de registros que evidenciem os processos que os meninos e as meninas vivenciaram ao longo de sua trajetória na Educação Infantil, também podem contribuir na construção da história de vida escolar. De maneira didática, a Base foi elaborada para apoiar o professor no processo de organização do cotidiano das creches e escolas, pois favorece um suporte para que o educador saiba quais experiências devem ser garantidas e que favoreçam o pleno desenvolvimento dos bebês e das crianças. Quando a Base propõe a divisão dos objetivos de aprendizagem por faixas etárias, por exemplo, é possível perceber a evolução proposta em cada uma das fases. Esta divisão também ajuda o professor a olhar esta criança dentro de suas características e necessidades. “É preciso lembrar que a aprendizagem da criança se dá nas situações cotidianas, sempre de forma integrada, em contextos lúdicos, próximos às práticas sociais que lhes são significativas”, complementa Beatriz Ferraz, consultora do Time de Autores de NOVA ESCOLA.