Se hoje nos referimos a certos filmes da Walt Disney como “clássicos”, é graças a “Branca de Neve e Os Sete Anões”, primeiro longa-metragem de animação desenhado inteiramente à mão (até então, outras animações haviam sido lançadas usando recortes, stop-motion e outras técnicas). O filme ainda lançou a tradição de adaptar contos de fadas em versões mais leves e romantizadas para o público infantil. Isso sem levar em consideração os parques temáticos do Walt Disney World Resort – o resort de entretenimento mais visitado no mundo, que recebe aproximadamente cerca de 93 milhões de visitantes por ano. Como o Walt Disney Studios está sempre lançando filmes novos, atrações e produtos inéditos nunca estão em falta, o que atrai sempre mais turistas aos parques, e consequentemente ao país.

Origem do Cinema

Durante a década de 1930, o cinema era a principal forma de entretenimento no mundo, com pessoas indo assistir a um filme pelo menos duas vezes na semana. Os locais também se tornaram ponto de encontro sociais, reunindo bares, restaurantes, fliperamas e outros tipos de atração para atrair o máximo de clientes o possível. Em termos econômicos, a indústria do cinema e televisão sustenta cerca de 2,2 milhões de empregos, paga mais de US$ 192 bilhões em salários, e compreende mais de 110 mil empresas, como mostrou os números do Motion Picture Association. E estamos falando apenas do entretenimento dos Estados Unidos, que representa apenas um terço da indústria global de mídia e entretenimento. Se o universo nerd é a cultura dominante hoje, muito se deve à adaptação da trilogia épica de J.R.R.Tolkien. Apesar de ter sido escrita entre os anos 30 e 40, a série só se popularizou entre os jovens depois da trilogia dirigida por Peter Jackson e, com o sucesso dos filmes, a fantasia e o RPG deixaram de ser restritos a um nicho e foram apropriados pelo mainstream.

E como você diria que os filmes impactam crianças de diferentes idades?

O filme tem uma poderosa crítica à hipocrisia da possibilidade de não se ter nenhuma amizade real, consistente e profunda, mesmo estando conectado à milhares de pessoas. O filme A Onda mostra os reais perigos do autoritarismo e do totalitarismo que, disfarçados sob bons pretextos, aos poucos vai manipulando as pessoas sem que elas percebam. Além de ser gostosa de assistir, a série quebra estigmas sobre esse transtorno e nos faz entender melhor pessoas que têm autismo. Além disso, Sam é super carismático e ganha nosso coração no primeiro episódio.

De que forma os filmes influenciam as crianças positiva ou negativamente?

O excesso do pilar central fez do cinema um poderoso instrumento de comunicação em massa para transmitir uma mensagem ao espectador, visto que este é o principal objetivo da forma de arte. Não é para menos que boa parte da propaganda nazista alemã foi feita através do cinema, para construir uma Alemanha liberta e um Adolf Hitler salvador, a frente de um partido que pregava a unidade e ascensão de uma nova ordem, para uma economia longe da inflação extrema e da fome. Em meio ao pesadelo da AIDS nos anos 90, “Filadélfia” trouxe à tona o problema do preconceito duplo que os homossexuais soropositivos enfrentavam naquele momento, e propôs que a sociedade passasse a buscar soluções ao invés de rejeitar a situação.

Por exemplo, quando assistimos a filmes de terror, a amígdala interpreta as cenas de tensão como uma situação de perigo, fazendo com que hormônios e neurotransmissores sejam liberados para que você reaja. Já reparou que as produções de que menos gostamos são aquelas que os personagens não são cativantes? Pois é, isso acontece porque a produção não conseguiu gerar empatia e senso de pertencimento em quem está assistindo. E, em casos mais graves, filmes depressivos podem induzir pessoas que já têm uma predisposição ao transtorno a se sentirem daquela maneira. Por exemplo, se você está vivendo um fim de relacionamento, filmes que falam sobre términos, autoconhecimento e superação vão mexer mais com você do que com alguém que está satisfeito com a relação amorosa.

Abaixo, é possível ver alguns dos efeitos positivos e negativos encontrados na investigação científica. Bons filmes transmitem mensagens impactantes, convidam o espectador a uma mudança de vida e o fazem meditar sobre a realidade. A Brasil Paralelo HD Filmes Online separou essas Grandes histórias do cinema para oferecer na plataforma de streaming BP Select. Se os livros da série Harry Potter já eram famosos antes do primeiro filme, isso não se compara ao sucesso que a história ganhou depois da adaptação.

Pois é, esses sentimentos também fazem com que você queira que o “vilão” do filme se dê mal, certo? Seja o colega de trabalho que prejudicava o protagonista, o namorado tóxico ou um inimigo nos filmes de heróis. A questão é que toda obra quer que o espectador compartilhe dos sentimentos e emoções do personagem, de forma que ele se apegue e até mesmo se identifique com ele em determinados momentos. Méliès queria usar o aparelho nos seus espetáculos, mas os irmãos não o venderam.

Os conceitos podem ter sido simplificados, mas foram suficientes para deixarem perguntas germinando nas cabeças de todos os espectadores que, por muito tempo, continuaram discutindo o filme e questionando os pilares da realidade. Isso contribui cada vez mais para a popularização dos Estados Unidos ao redor do planeta. Devido à conjuntura do período pós-Segunda Guerra, quando os EUA assumiram a função de reconstruir parte do ocidente, o país passou a ter mais visibilidade e todo o mundo passou a enxergá-lo como um líder a ser seguido. Ao mesmo tempo, o cenário era favorável para os meios de comunicação – através principalmente do cinema e da TV – influenciarem e entrarem na vida das pessoas. A história norte-americana sempre esteve muito ligada à religião, e a ideia de que se deve trabalhar, prosperar e promover o progresso dentro da própria comunidade. Enquanto o pesquisador acredita que Hollywood deveria analisar a maneira como aborda temas polêmicos em suas obras, ele também aconselha aos pais buscarem sempre ter uma conversa aberta com seus filhos para evitar maiores conflitos.

Ambos estavam a par das descobertas de Thomas Edison e fizeram pequenas alterações nos fotogramas para evitar problemas legais. Até 1995, a Walt Disney dominava o mercado de animação infantil praticamente sem concorrentes. Então, “Toy Story” estourou nas bilheterias e colocou a Pixar no radar, inaugurando um período de decadência para a Disney, antes que a empresa se reerguesse e acabasse incorporando a rival, uma década depois. “Toy Story” ainda marcou o início da animação 100% digital, que tornaria os desenhos à mão obsoletos. Esse é um dos motivos, por exemplo, que a Coordenação de Classificação Indicativa (Cocind) foi criada em 1990 para definir a faixa etária para a qual as obras audiovisuais deveriam ser recomendadas. O principal propósito dessa medida sempre foi fornecer mais informações para que os pais tivessem controle sobre o que seus filhos assistem.

Assim, sendo os Estados Unidos o país de maior poderio político, econômico e cultural mundial, e detentor de uma população patriota, não é surpreendente o fato de seus filmes contribuírem para a popularização do país. O próprio happy end, indispensável ao final de cada filme, tem uma mensagem clara de que não importa o que tenha acontecido, o final será sempre feliz, explicitando o otimismo fundamental ao american way of life, um otimismo ingênuo e determinado em seus objetivos. Além disso, a confiança na democracia e na iniciativa individual, a crença de que a nação estadunidense triunfaria sobre a hipocrisia, o egoísmo e a corrupção dos políticos e magnatas eram temas abordados nos filmes. Temos no Brasil uma cineasta que busca trabalhar dessa forma em seus filmes. Mara Mourão já produziu diversos filmes publicitários e longas metragens, e em 2005 deu início a um projeto que mudaria sua carreira e vida, com filmes de impacto social.